sábado, 29 de enero de 2011

Divagações

Outro dia estava conversando com as meninas sobre este papo do pessoal de querer mudar o mundo, “make a difference” e coisas do gênero. Eu expressei minha opinião dizendo que não sou muito favorável a esta onda porque já conheci tanta gente que quis mudar o mundo mas não conseguia mudar a si mesmo.

Eu até entendo que várias causas são legítimas e as apoio. Creio que são poucos os que se opõem ao uso racional dos recursos naturais, os que são contra a corrupção ou a igualdade entre sexos. Mas o que me perturba e o fato de eu não me envolver intensamente com estas causas. Tem gente que acha que você tem que lutar por tudo e por todos e eu não estou certo se este e o melhor caminho. Há coisas que requerem a presença de um líder ou de varias lideranças. Prefiro pensar que mudanças na atitude individual resultam em grandes melhorias.

Embora não tenha um forte envolvimento sócioambiental (e admiro muito quem tem), eu tomo algumas atitudes para fazer “um mundo melhor”. Apesar de algumas vezes agir ativamente contra o desperdício de recursos naturais (só um exemplo), eu não vou mais ficar falando na cabeça das pessoas. Quando era vegetariano, não ficava implicando com quem comia carne. Daí, penso que minha melhor contribuição pro mundo e a geração de boas energias. Com isto posso melhorar a minha vida e a do meu arredor. Acho que isto é super importante, apesar de parecer pequeno. Já presenciei energias tão negativas de uma só pessoa que era capaz de neutralizar vibes boas de umas três pessoas. Imagine agora 6 bilhões de arredores pulsando em energias do bem, energias da alegria e do amor a vida!!!

Enquanto to aqui fazendo minhas coisas, ouvindo Spanish Caravan, to participando do fluxo de energias boas que há no universo. Uma das coisas que esta minha viagem ta me ensinando e ser o mais positivo possível sempre, pois todas as pequenas coisas tem importância e grande valor. Não quero denunciar o carinha que pulou a catraca do metro ou xingar a tia que furou a fila do banheiro, ou reclamar de um ou outro garçom que serviu menos cerveja no copo. Tudo isto seria politicamente correto e ate obrigatório em alguns lugares, mas a minha contribuição pra Madri e me alegrar, sorrir, tentar ser simpático e ajudar as pessoas sempre que necessário. Assim, pago o metro sempre, não brigo com a tia do banheiro e sempre agradeço o garçom, pois estar vivo e uma preciosidade que reconheço e me lembro constantemente. A alegria de viver me domina e não vai ser 10 ml a menos de cerveja que vai acabar com meu dia.

No entanto, de uma certa perspectiva, nada do que a gente faz, faz diferença. Se eu atravesso a rua ou não, se roubo ou deixo de roubar, ou se invento dados para meu próximo artigo, isto não vai mudar absolutamente nada na vida da maioria das pessoas do planeta e quanto mais em outros lugares deste universo. Alias, se a Terra inteira explodisse, não seria mais do que uma simples cosquinha na Via Lactea. Imagina no resto do(s) universo(s)!!!! Sin embargo, a vida que vivemos e na perspectiva micro e não macro. E ser honesto, respeitoso e correto nas coisas do dia a dia faz uma grande diferença na escala em que vivo.

Por isto, fazer o bem, ajudar as pessoas e sintonizar na energia do Chi não e apenas um presente meu pra Madri. Quando estou na freqüência do Chi, envio para o Brasil através do meu pensamento mensagens do bem a todos que me são caros ou mesmo desconhecidos. E espero amplificar a boa energia que eu recebo de meus amigos brasileiros/espanhóis para que ela atinja os confins do universo e dissipe o bem pelas galáxias. Não quero deixar legado ou meu nome na historia. Estar num estado de iluminação e pra mim uma contribuição muito significativa que posso fazer pro planeta ou talvez em escalas maiores. Se estiver errado, não perdi nada por estar feliz.

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