viernes, 19 de noviembre de 2010

Coupeinhaigen

É mais ou menos assim que se pronuncia a capital da Dinamarca. Cheguei lá semana passada com um medo danado do frio e daquela coisa bizarra que se chama dinamarquês. O impressionante de lá é perceber como um país pode ser tão pequeno, frio, estranho, e ao mesmo tempo encantador e desenvolvido. Nunca em toda minha vida aconteceu tanta coisa num espaço tão curto de tempo. Definitivamente o tempo passa diferente na gringa.

Quando abriu-se a porta do aeroporto, abri um sorriso maior que a porta com a vã expectativa que o Thiago e Marcella estariam me esperando. Mas ele fez jus ao seu apelido e chegou SÓ uma hora atrasado. O bom é que todo mundo fala inglês lá, e quanto digo todo mundo, é todo mundo mesmo! Enquanto esperava, comi a minha única boa refeição em três dias. Um sanduíche de camarão delicioso que entupi de curry. Daí, fui procurar alguma forma de ligar praquele Chacota mas meu cel não pegava lá. Dai, a porcaria do telefone público só funciona com as tais coroas dinamarquesas. O saco! Finalmente encontrei o frito lá no meio da multidão e ficamos esperando o xisto chegar.

Você pode viajar toda a Europa, pode ir para o Japão, Marte ou os lugares mais legais do mundo, mas não há NADA, NADA parecido com estar com as pessoas que ama. Isto sim faz toda a diferença numa viagem. Como foi bom reencontrar estes amigos. Xisto, Chacota e Marcellinha, obrigado pelo melhor final de semana que jamais vou ter aqui na Europa.

Mal cheguei na Europa e já conheço três países. Está sendo muito proveitosa a minha estadia. Fui pra Copenhagen para reencontrar os amigos e para participar da Sensation, uma mega festa com 30000 pessoas. Copenhagen é uma cidade muito parecida com qualquer cidade brasileira. Faz calor como na Bahia, tem tanto sol como Fortaleza, a comida é tão boa como a do centro de SP e as pessoas são tão exxxpertas como os cariocas. No metrô não existe catraca. Basta apenas comprar o bilhete e entrar. Fomos pro nosso albergue e de lá procurar uma tal calça branca pro Xisto. Só se pode ir de branco nesta festa. Mas as lojas fecham tipo 7 horas da noite lá. Se vocês conhecem o Chacota e o Xisto já devem saber que lá pras 7 a vodka e o whisky já dominavam o sangue dos brasileiros esparrando na tal da "maior rua do mundo de pedestres, onde não se passa carro".

Eu vou resumir as coisas pois ficaria dois dias pra escrever tudo. Depois de um "now you listen", a dona explicou como se vai pra Christiania. Ao que parece o lugar é uma vila hippie que não faz parte da UE. Eu nunca tinha ouvido falar deste lugar, mas adorei. Existem vários bares e barraquinhas vendendo produtos típicos de lá e tomamos algumas cervejas vendo uns africanos bulinar umas islandesas. Até tomamos uma cerveja com o Kurt Cobain. Local realmente peculiar: fomos reconhecidos como brasileiros por várias pessoas e na saída comemos algo que já não me lembro mais, mas fez voltar um pouco de glicose no sangue.

Da lá, fomos pegar um metrô e aí se passou o auge dooooown da viagem. Eu já expliquei que se pode pegar o metrô sem pagar, mas não, segundo o nosso AMIGÃO chacota, é de boa, dá pra brasileirar... que vergonha! Pagamos o bilhete mas esquecemos de mantê-lo conosco e tomamos uma dura da fiscal quando pediu os bilhetes. O bonitão tava lá todo todo com o passe dele e eu e Xisto ficamos lá igual cachorro molhado de cabeça baixa, ajudando a queimar o filme do Brasil no exterior.

Diz o inteirado que ia levar a gente pra "A Obra" de Copenhagen. Lá fomos prum lugar que mais parecida "A Sala". aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhh. Que maravilha. Deu para se divertir um pouco, claro, ainda mais com os tombos que levam estes camaradas. Como diz o Xisto, "nunca vi um dinamarquês em pé". Eles saem pra night em bicicletas que não precisam de cadeado pois ninguém mexe em nada. Ficam milhares de bicicletas na rua e qualquer um poderia pegar uma e dar no pé. O segundo momento tenso da noite foi eu procurando meu casaco na boite. Achei que ninguém roubava nada na Dinamarca. Saímos correndo pra fora da boite e lá estava um bêbado filho da mãe com o casado na mão. É difícil descrever a cena que segue e eu prefiro que pulem esta parte se não quiserem ler algo ruim. O doidão estava parado com a calça e a cueca abaixo da cintura (rabão de fora) e com o casaco na parte da frente se cobrindo. Não se se ele confundiu meu casaco com uma mulher ou se ele tava mijando escondido, mas que foi uma das coisas mais deprimentes foi. Até agora não tinha motivos pra gostar da Dinamarca. Voltando pra casa, comemos (mais uma vez a porcaria do park dog - só há isto para comer em Copenhagen) e fomos dormir.

Puxa, já escrevi tanto e ainda estamos na sexta as 5 da manhã. Quanto ao sábado, vou ser mais suscinto. Compramos a calça do Xisto que saiu baratinha e fomos descansar um pouco depois de comer num restaurante grego. Com aquele corpo de merda levantamos, tomamos banho e fomos para a festa, ou seja, passar frio na porta do estádio. Após alguns bons minutos de mau-humor, nosso amigão decidiu furar fila e conseguimos amassar os nossos quatro casacos no armarinho de 0,15 x 015 x 0,15cm.

Isto para passar frio em outra fila e finalmente entrar. Por favor, sempre que alguém dizer que as mulheres brasileiras têm má fama, peçam para falar comigo que eu vou contar pra vocês o que se passar em outros lugares menos conhecidos que o Rio de Janeiro...Não aceito a fama que as brasileiras têm! Pra finalizar, curtimos a festinha até mandarem a gente ir embora. Ligamos para alguns amigos pra deixá-los com vontade. Aí meus jovens, as 3 e alguma coisa da matina, com 30000 pessoas querendo a mesma coisa que você - voltar pra casa - já dá para imaginar como voltamos, né? A pé. Não precisou de mais do que 15 minutos das duas horas de caminhada para o mal humor pegar em cheio a Marcellinha. Deu dó de ver ela com o pezinho doendo. Mas como diz o Gui, poderia ser pior. imagina se chove. Dormimos bem (cansados), acordei e voltei pra Madrid.

Esta festa foi como um Universo Paralello. Viajamos, passamos muitos perrengues, ficamos exaustos e curtimos demasiadamente a festa, mas sobretudo, não deu vontade de ir embora. Em Copenhagen, se passa frio, se come mal, não se entende uma palavra do que o povo fala, mas se lá estiverem meus amigos, eu volto SEMPRE!


PS: vamos ver se este3 Chacota consegue agora perder as fotos. Assim que ele postar, eu mando o link

2 comentarios:

  1. O Lele, agora tem que programar vir pra Belgica, neh!
    Mas voce nao contou se teve coragem de pegar o casaco de volta e, pior, se usou o casaco de novo!
    Fotos eu nem vou comentar mais, neh. Vou ver quando chegar na sua casa daqui um mes! hahhaa
    Beijocas

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